Histórico
 

Uma história de vida e arte:

Omar Moreira Franco nasceu na cidade de Santa Rita de Caldas, Minas Gerais, em 1956. Ainda criança, aluno de escola pública, demonstrava um grande interesse pelo desenho, atividade acessível devido à facilidade de se encontrar os materiais necessários, como o lápis, carvão, giz ou qualquer coisa que proporcionasse um rabisco sobre o papel ou mesmo o chão.

Viveu no Estado de Minas até os 12 anos de idade, tendo morado em nove cidades diferentes. Mudou-se com a família para o Distrito Federal em 1969, fixando residência na cidade de Taguatinga, onde vive até hoje.

Em Taguatinga, no ano de 1970, matriculou-se no antigo Colégio de Taguatinga Norte - CTN, onde pode participar, por quatro anos, de uma turma especial de educação artística, formada por alunos portadores de habilidades especiais na disciplina. Nesse período já dispunha de uma produção regular de desenhos, que enchiam as gavetas da sua casa, criando conflitos familiares, com relação a ocupação dos espaços exíguos dos armários com coisas inúteis.

Em 1974, matriculou-se no Colégio Pré - Universitário de Brasília, na 911 Sul, onde encontrou professores de arte que lecionaram no extinto CIEM. Optou pelo curso profissionalizante de enfermagem, que imediatamente o demoveu da idéia de ser médico. Durante os dois anos e meio que freqüentou a escola, pode continuar realizando seus trabalhos de arte, pois havia lá uma boa oficina de artes plásticas com excelentes professores. Foi neste período que conheceu e conviveu com um louco por livros, que viria mais tarde a ser o poeta Nikolas Beher e de quem é amigo até hoje.

Sem perceber que a arte já o havia contaminado de forma definitiva, Omar Franco, em julho de 1976, prestou vestibular para Economia na UnB e passou. Freqüentou o curso até a sua conclusão, em 1980. Nesses quatro anos descobriu e participou de inúmeras disciplinas no Departamento de Artes da Universidade, trabalhando de perto com Douglas Marques de Sá, Lygia Freitas, Cathleen Sidki e Charles Mayer.

Experimentou trabalhar como economista, mas já era tarde demais para se livrar de uma formação artística, que agora exigia uma maior dedicação, pois naquele momento já era conhecido, havia sido premiado em salões de arte, realizado dezenas de exposições nacionais importantes, várias delas patrocinadas pelo Banco Itaú, Caixa Econômica Federal, Fundação Cultural do Distrito Federal e Casa Thomas Jefferson. A profissão de economista foi prontamente abandonada, o diploma rasgado em pedacinhos e posto no lixo, de forma que o fantasma do economista jamais o acompanhasse dali para frente. Retornou, em 1982, a Universidade de Brasília, desta vez para concluir o curso de artes plásticas.

Experimentou a carreira de professor de Educação Artística, para alunos do ensino médio e fundamental da rede particular de ensino, no período de 1980 a 1985. Foi demitido por insubordinação ao requerer melhoria de salário e condições adequadas ao aprendizado da arte na escola. Recusou o convite para lecionar escultura no Instituto de Artes da UnB. Recusou ainda, o convite do então Governador do Distrito Federal José Aparecido para ocupar cargo no GDF, com a função de auxiliar a coordenação dos museus da cidade.

Em 1990, começou a restringir sua produção de pinturas e passou a freqüentar os cursos de soldas oferecidos pelo SENAI, criando condições de materializar as esculturas que até então, só a sua imaginação conhecia. Estudou metalurgia, processos de corte, solda, dobra, calandra, fundição e tudo que pudesse ser agregado ao trabalho que produz até hoje.

Realizou viagens de estudo e trabalho nos Estados Unidos e Europa nos anos de 1993 a 1996. Com quase 30 anos de carreira possui obras espalhadas por mais de 20 países. Seu nome consta em vários dicionários de arte brasileira, documentários e filmes. Vive exclusivamente do seu trabalho. Criou troféus para grandes prêmios nacionais, tais como o Prêmio CNT de Jornalismo, nas áreas de Televisão, Rádio, Mídia Impressa e Fotografia; Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho; Prêmio MEC de Qualidade no Trabalho; Prêmio Empresa do Ano FIBRA; Prêmio Empresarial da Federação das Indústrias do Estado do Ceará; Troféu Amigo do Esporte SESI, para os atletas Bernard do Vôlei, Lars Grael do Iatismo e para o ex - ministro dos Esportes Carlos Melles, Prêmio Direitos Humanos - Ministério da Justiça e UNESCO, Prêmio FGTS Celso Furtado. Criou ainda o "Mural da Fama", com a reprodução das mãos dos maiores atletas do vôlei brasileiro de todos os tempos, para o SESI - DN.

Suas esculturas já fazem parte no cenário urbano de Brasília. Podem ser encontradas no Setor Comercial Norte e Sul, Setor Bancário Norte, Avenida W3 Norte, shoppings, praças, prédios e esquinas.

Omar Franco foi indicado para receber, na década de 90, três Prêmio OK de Cultura, sendo agraciado com o Prêmio de melhor escultor em 1995. Recebeu duas condecorações de Cidadão Pioneiro, por Taguatinga e em 2001 foi condecorado, pelo Governo do Distrito Federal, com a Ordem do Mérito de Brasília e com a Ordem do Mérito Cultural de Brasília, ambas com o grau de Comendador, em 2003 recebeu a medalha da Ordem do Mérito Cultural Carlos Gomes pelos serviços prestados a cultura na cidade. Foi um dos Fundadores da Sociedade dos Artistas Plásticos de Brasília, da qual é ex - presidente e foi Membro Efetivo do Conselho de Cultura do Distrito Federal, representante das artes plásticas, no período de 2000 a 2004.